NATUREZA e LUAR
Há sempre uma sombra no Paraíso.
Provavelmente um anjo alquebrado, de porre!
O que é estranho ao sorriso,
nublado orvalho na flor que morre
Adianta nada chamar ao entendimento,
mago nenhum aceita viajar em jumento.
Melhor esquecer do lado de fora
Natureza e luar, a espera da ponderação é senhora
Fogo e dança inauguram o ritual,
tropeça em serpentes quem se julga o tal,
cão uiva anunciando: longa a noite!
O que fazer quando furado se mostra o plano?
Resta apenas o tempo de um acorde ao piano,
vinho azedo embriaga a crisálida-caveira na espera da foice