SONETO PARA FLORBELA
A Florbela Espanca (In Memoriam...)
Quisera fosse este presente a uma flor...
Das criaturas é a mais delicada e bela!
Na vida, na alegria, na tristeza, na dor
A sua presença é marcante e singela...
Nascida como Florbela duma outra flor...
Vertente em sonetos duma curta primavera
Que não se espanca, nem com pena de cor
E louva-se nos versos, por onde se reverbera...
Quisera merecer um soneto e não o compor...
E gritá-lo ao ardor, por fora da estratosfera
Para ser percebido e causar-te, um fervor...
E repousar, se achegar, aonde o amor espera...
E achar teu doce odor, onde jaz, a miúda flor
Aterrada em luso solo... Tranquila... Mais etérea!
(SONETO PARA FLORBELA - Edilon Moreira, Julho/2016)