ÀS VITIMAS DA INSÔNIA...
Lá fora não está o teu problema,
E lá, ainda a tua alma não vaga,
Liberte-a! Então, nada temas,
Assim, conhecerás dela a saga.
A imortal virtude e emblema,
Dos que acordarão na calma,
Por não sentirem o que trema,
Desses corpos o mero carma.
Que da frágil pele se escapa,
Abandonando a velha capa,
Quando o sono lhe der licença.
Nesses lençóis, reles escarpas,
A cobrir o que não se disfarça,
A saudade, o corpo e a crença.