QUANDO O SOL AVISTA
Quando o sol renasce e avista a alma,
Muito além do vento que esta vida traz,
Toda luz rendida ao verso que te acalma
Transforma-se no ápice do amor loquaz...
Quando o sol se põe, assim, no verso
Sempre tão disperso como a vida, em si,
Todo escarcéu sem calma, no universo,
Rende-se à verdade que se esvai daqui?
E todo espetáculo de amor sublime
Transcenderia a angústia que já nos invade,
Sem pedir licença à dor que nos redime...
Bem poderia o sol transmutar-se agora
Em nuvens de esperança em cada tempestade,
Na jornada que se lança, incólume, em cada breve aurora.
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