Más-linguas
Cresce-me um augúrio sem fim
Por me saber tão badalada
Se pelas más-línguas sou odiada...
Porque se lembram de mim?
Que me censurem, que me ponham defeito,
A inveja, é neles doença incessante,
É verme, rasteja de mim distante…
E as injúrias… não se acomodam em meu peito!
Enquanto meu coração assim sentir,
Não será por alguém sobre mim mentir,
Que me tirarão a calma!
Mas por tal, não me apregoo perfeita…
Pois até a mais pura alma,
Se o afirmasse, seria suspeita!
Fátima Rodrigues