Más-linguas

Cresce-me um augúrio sem fim

Por me saber tão badalada

Se pelas más-línguas sou odiada...

Porque se lembram de mim?

Que me censurem, que me ponham defeito,

A inveja, é neles doença incessante,

É verme, rasteja de mim distante…

E as injúrias… não se acomodam em meu peito!

Enquanto meu coração assim sentir,

Não será por alguém sobre mim mentir,

Que me tirarão a calma!

Mas por tal, não me apregoo perfeita…

Pois até a mais pura alma,

Se o afirmasse, seria suspeita!

Fátima Rodrigues

Fatima Rodrigues
Enviado por Fatima Rodrigues em 20/12/2007
Código do texto: T786510
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