Amar e perder

Largaram-te chorando, jovem dama,

Sozinha, sem calor que te conforte;

Não mais te envolve o terno abraço forte,

Nem ouve, do prazer, a voz que inflama...

São frios teus lençóis, e a tua cama

Vazia é como a vítima da sorte...

Da vida, fez-se a bússola sem norte

Voltada para o acaso que te chama...

Mas sei que, independente da ventura,

Existe a paz além, a mão segura

De quem só te aconselha o bem querer...

Não vale por ninguém privar a graça,

Já que, no fim, malgrado o que se faça,

A vida é sempre amar, depois perder...

Daniel Guilherme de Freitas
Enviado por Daniel Guilherme de Freitas em 17/08/2023
Código do texto: T7864153
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.