SONETO DE OMOLU

Aos pobres enfermos, Omolu presente

Em Terra sacode, chacoalha suas palhas,

Atotô Obaluaiê! Reino que nos valha!

Um estremecer toda Terra pressente!

Se curva e estira suas mãos aos doentes,

Suas vestes são a proteção em retalhas,

Lírios, sal, pipocas...tudo se espalha

Sobre seus pés num encantar candente

É a fonte da água em fortes securas;

Seu alguidar está numa rocha escura:

"Silêncio para o grande Rei da Terra"!

Ele semeou a peste e cultivou a cura,

E em sua mironga tinha tanta candura

Que toda mandiga e demanda se encerra!

Gabriel Vinicius Alves dos Santos
Enviado por Gabriel Vinicius Alves dos Santos em 11/08/2023
Reeditado em 17/08/2023
Código do texto: T7859030
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