SONETO DE OMOLU
Aos pobres enfermos, Omolu presente
Em Terra sacode, chacoalha suas palhas,
Atotô Obaluaiê! Reino que nos valha!
Um estremecer toda Terra pressente!
Se curva e estira suas mãos aos doentes,
Suas vestes são a proteção em retalhas,
Lírios, sal, pipocas...tudo se espalha
Sobre seus pés num encantar candente
É a fonte da água em fortes securas;
Seu alguidar está numa rocha escura:
"Silêncio para o grande Rei da Terra"!
Ele semeou a peste e cultivou a cura,
E em sua mironga tinha tanta candura
Que toda mandiga e demanda se encerra!