SONETO DO DESAMOR
Eu te amei, amor...amei, tanto, a tal ponto
Que esse amor distante, cativo, presente,
Se fez constante uma dor tão dissente,
Que me queixo aos prantos tal confronto,
E atentamente disperso me encontro
Na felicidade em que na dor se sente
tão simples mas controversa que tende
A saudade e a dor compor tal contraponto:
Se amor é chama que arde e não se vê
É um bem e o mal entre eu e você,
Por que eu ainda me queixo dos "quais"?
Porque se é dor que desatina sem doer
É um não querer mais bem que querer
É por que no pesar te amo ainda mais!