Abaixo das serras, dentro dos teus vales
Campos vastos onde está o teu tesouro
Teu povo original na mata virgem
No alto dos teus picos, vento e vertigem
Entre teus vales, serpenteia o Rio do Ouro
A última flor do Lácio traz mal agouro
Cativeiro, fé e sangue eles infligem
Filhos destes, daqueles. Nossa origem
Crioula e mestiça é a tez do nosso couro
Culpa esquecida oculta é esta ferida
Ai de ti, meu lar e terra querida
Amo-te, muito apesar de teus males
Nasci e retornarei para as tuas terras
Encanta-me a beleza de tuas serras
Aconchego-me dentro dos teus vales