TRILHA DE SONETOS CX- DIÁLOGO COM TITÃS

🎵🎶*ENQUANTO HOUVER SOL*🎵🎶

(TITÃS)

Quando não houver saída

Quando não houver mais solução

Ainda há de haver saída

Nenhuma ideia vale uma vida

Quando não houver esperança

Quando não restar nem ilusão

Ainda há de haver esperança

Em cada um de nós, algo de uma criança

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Quando não houver caminho

Mesmo sem amor, sem direção

A sós ninguém está sozinho

É caminhando que se faz o caminho

Quando não houver desejo

Quando não restar nem mesmo dor

Ainda há de haver desejo

Em cada um de nós, aonde Deus colocou

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

Ainda haverá

Enquanto houver sol

Enquanto houver sol

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*ENQUANTO HOUVER SOL*

Enquanto houver um sol nas nossas vidas,

Iluminando os olhos da esperança,

Existirão os sonhos de criança

Para deixar as almas aquecidas.

Caminhos se entrelaçam feito trança,

Encontraremos juntos as saídas,

O sol, que torna as coisas coloridas,

Reluz em nós o brilho da aliança.

Enquanto houver um sol que nos visita,

Com todo o seu calor que nos seduz,

O amor virá da forma mais bonita.

Enquanto houver um sol com sua luz,

A noite não será mais infinita

E o dia tirará o seu capuz!

Luciano Dídimo

*ALÉM DA MADRUGADA*

Ó lâmpada de toda poesia

Que repercute em braços luminosos,

Levando ao mundo mais um novo dia

Na cura dos processos langorosos!

Ó astro-rei nas chamas da alegria,

Que, em raios fúlgidos e gloriosos,

Explode na catarse de energia

Com seu clarão nos olhos lacrimosos!

Enquanto persistir a insegurança,

Sempre haverá amor, perseverança

E luzes sobre as dores da jornada...

Enquanto houver a força de vontade,

Ressurgirá o sol e a claridade,

Num horizonte, após a madrugada.

Ricardo Camacho

*NOVO DIA*

Se o dia nos causar melancolia

e a tarde nos trouxer, com ela, o frio,

suportará o ardor do calafrio,

o amor, com o nascer do novo dia.

Se a solidão verter o olhar vazio

e a noite se vestir de nostalgia,

um raio de esperança e de alegria

ressurgirá, vencendo o desafio.

Em cada atrito, em cada despedida,

enquanto houver o sol em nossa vida,

sigamos nós, o sonho de criança,

recolorindo tudo ao derredor,

buscando para si o que é melhor,

enchendo-nos de paz e de esperança.

Aila Brito

*ODE À VIDA*

Enquanto houver o sol, que a vida regenera,

Renascerão, também, as flores na campina,

Na mata, pantanal, em tudo que ilumina,

A transmudar o outono em plena primavera.

Enquanto houver o sol, a luz que em tudo impera,

Ao penetrar o breu e a treva, que domina,

Os olhos de quem vê – o fundo da retina –

E a lancinante dor, com garras de pantera.

Enquanto houver o sol, germinarão, por certo,

Sementes de ilusão, de sonhos, de esperança,

No calcinado chão, no oásis e deserto

Elevarei a Deus, as minhas mãos em prece,

Por tanta graça, enfim, que sobre tudo lança,

A dádiva solar, que o ciclo fia e tece.

Edir Pina de Barros

*O ASTRO-REI*

O brilho do astro-rei, que a treva alumbra e aclara,

acorda a imensidão e faz, das noites, dias.

Nas bênçãos das manhãs amansa a dor amara,

espanta a apreensão das horas mais sombrias.

Em rubras explosões, ardentes, luzidias,

a força do astro-rei a vida cria e ampara.

Regem-se as estações em belas sintonias,

em tal exatidão que um homem nunca ousara...

Se acaso não restar um fio de ilusão,

ainda nasce o sol, decerto nascerão,

por entre as negações, as chances de um talvez.

Os olhos do ancião e os risos da criança

terão o resplendor do lume da esperança...

Renasce, junto ao sol, o ensejo de "outra vez"!

Geisa Alves

*AINDA QUE…*

Ainda que me falte a luz do dia,

bem sei que a noite gesta nova aurora;

o tempo traz, em cada cor sombria,

um lado avesso, em que o luzir aflora…

Ainda que me assalte a nostalgia,

bem sei que sua falta tem penhora,

o aroma que ficou garante a via

que aviva a sua face e a revigora.

Pois entre o que se sente e o que se vê,

há mil matizes — grande degradê.

A brisa que perfuma o roseiral

estampa a rosa inteira… tão real!

E a fé que está no verbo esperançar,

ainda extrema, cabe em meu altar.

Elvira Drummond

*FRANJAS LARANJAS*

O sol estende as franjas no infinito,

e as esperanças brilham nas varandas.

Passeiam sonhos entre aragens brandas,

ouve-se no ar um cântico expedito.

Despertam-se as roseiras e as guirlandas,

a vida acorda em ânimo inaudito;

parece-me dizer com ledo grito:

"Por quais destinos frios vais ou andas?

Não vês? O sol estende as suas franjas

translúcidas, alegres e laranjas;

já se extinguiu a noite mais sombria!"

Dispenso, ao longe, o meu temor noturno.

Os olhos brilham. Há um novo turno.

Os versos cantam! Pulsa a poesia!

Geisa Alves

*SE HOUVER O SOL...*

Quando a ilusão do amor desperta e ao chão desliza,

o sol se põe por trás da nostalgia e ostenta

sua outra face -- a sombra -- e sua tez cinzenta

encobre o coração, revolve e o traumatiza.

Mas quando o sol renasce e chega feito brisa,

sopra suave e, nele, o sonho se alimenta,

o amor se recupera, exibe a cor magenta

e medra ternamente, aos poucos se harmoniza...

Enquanto houver o sol, existirá o sonho

com sua sedução, frescor e confiança

no arômata do amor de um coração risonho.

Enquanto houver o sol, brilhando em nossas vidas,

renascerá, na luz, a chama da esperança,

feito um floral jardim de tenras margaridas!

Aila Brito

*DE VOLTA ÀS ORIGENS*

Rompe a alva! E a madrugada, em tom celeste,

Revela mais um dia que ganhamos.

A vida, no planeta, celebramos,

Agradecendo ao Sol que a Terra veste

De luz vital intrínseca, inconteste,

Pois reina feito deus, acreditamos,

Nos cultos ancestrais, e o respeitamos

No seu constante giro leste oeste.

O tempo não perdoa e, a cada dia,

Choramos ou sorrimos de alegria

Naquele passo a passo sem certeza

De quando a raça-humana chega ao fim...

Deixando a Terra, finalmente, assim:

Um orbe sob as leis da natureza.

José Rodrigues Filho

*O RENASCER DA AURORA*

Mesmo com desamor por todo lado,

o tempo sempre traz a claridade

e, aos poucos, nos informa o seu recado:

que Deus jamais nos nega a piedade!

Mesmo apesar da irada tempestade,

o tempo sempre traz o sol sagrado,

com sua luz cedendo a liberdade,

e os prejuízos ficam no passado...

Em cada aurora, as trevas vão embora,

surge o reflexo da constante prece,

pois tudo se ameniza de hora em hora!

Em cada aurora, morre a escuridão

e, assim, o brilho eterno resplandece...

é Deus nos carregando pela mão!

Janete Sales Dany

*BRIO*

Quando, na vida, não achares jeito

De empreender a rota colimada...

Faze da fé a lança arremessada!

Tornando o teu escopo alvo perfeito.

Se, acaso, o teu porvir está desfeito,

Deixando-te na margem da jornada...

Encontra a solução! Pois tua estrada

Depende só de ti que foste eleito

Para gerir as tuas atitudes...

Porque, somente, tu possuis virtudes

Que hão de sanar problemas insolúveis,

Às vezes, inculcados na existência.

Exclui do teu fanal a leniência!

Torna as adversidades revolúveis!

José Rodrigues Filho

*LUZ DOS AFLITOS*

Se a lida me apresenta um embaraço,

acendo a chama forte do luzeiro

que alumbra os labirintos do roteiro,

supero o contratempo e me refaço.

No coração impávido e guerreiro

lamentações até mantêm espaço,

porém procuro dar ao meu cansaço

um breve movimento de ponteiro.

A todo instante um manto enegrecido

reveste o firmamento e os temporais

ao meu redor parecem infinitos.

O medo não perdura, estou munido

do mais intransponível dos fanais:

esta esperança, alento dos aflitos!

Jerson Brito