SONETO CLARÃO
A minha poesia, não sei se é unguento,
mas sempre registra, ou faz um flagrante
de algo ocorrido bem perto, ou distante
e que me provoque algum sentimento.
Por vezes, nao raro, é dor, ou lamento
por algo mais caro e muito importante,
por outras, é claro, algo diletante,
com que me depare em certo momento.
De regra acontece quando me aparece
um verso altaneiro, ou mesmo uma prece,
de um nobre poeta, um bom cancioneiro.
Que toque-me a alma e acenda um clarão,
que aqui e acolá chamo inspiração,
qual faz tua canção, ó Valdir Loureiro!
(Soneto para a "Poesia Acolhedora" de Valdir Loureiro.)
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