Noites de estrelas
Como partir e não desfalecer
ante às memórias tórridas e ternas?
No leito confundimos sonhos, pernas,
nas bocas comungamos o prazer.
Como partir? Ensina-me o poder
e a placidez da ausência em que te hibernas.
Minhas lembranças são demais eternas,
não posso e não desejo te esquecer.
As nossas noites foram noites cheias
de amor, de desvarios, de ais andejos,
de beijos, de desordens e de estrelas.
Se nelas misturamos nossas veias,
almas e peles, corpos e desejos,
dize-me, amor, o meio de esquecê-las!
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