DA TRANSIÇÃO (I)

O caderno com lápis e borracha,

junto, ao então moderno laptop,

obedeceram ao sinal de stop

e freiaram, no tempo, a nobre marcha!

Embora, alguém vem e me esculacha,

por eu ser o poeta tanto pop

que elabora, segundo a crítica, top!,

para uma juventude que se acha!

A máquina que eu pintava o sete,

a boa e velha máquina Olivetti,

já não habita mais o meu lar.

Agora, quem desvenda o meu segredo,

transformando o que vejo em enredo,

é o moderno aparelho celular!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 30/07/2023
Reeditado em 30/07/2023
Código do texto: T7849535
Classificação de conteúdo: seguro