DA TRANSIÇÃO (I)
O caderno com lápis e borracha,
junto, ao então moderno laptop,
obedeceram ao sinal de stop
e freiaram, no tempo, a nobre marcha!
Embora, alguém vem e me esculacha,
por eu ser o poeta tanto pop
que elabora, segundo a crítica, top!,
para uma juventude que se acha!
A máquina que eu pintava o sete,
a boa e velha máquina Olivetti,
já não habita mais o meu lar.
Agora, quem desvenda o meu segredo,
transformando o que vejo em enredo,
é o moderno aparelho celular!