O CALCANHAR DE AQUILES...
Depois da saudade não existe outra maneira,
Da alma manchada nesse limbo disfarçar,
Se olhar nos olhos, lá no fundo, tem tristeza,
Das cinzas dos sonhos pesadelo a mostrar.
Tá nos ombros o peso de tanta incerteza,
Nos passos sem sentido, nem caminhar,
É apenas uma palavra, tão vil é torpeza,
Mas tem de Aquiles aquele o calcanhar.
Por isso paro por aqui sem destreza,
Nas fúteis linhas sem a devida clareza,
Apenas na busca de um novo pensar.
Quer saber? Isso é pura besteira,
Pensar em quê? Eu tenho certeza...
Que a saudade, logo, logo voltará.