A GÊMULA...
Não me venhas com história de almas gêmeas,
Posto que a minha esteja morta em seu penar,
Ou te chamarei de minha eterna causa ingênua,
Tão intensa, mas que nunca soube me amar.
Cada um trás no peito a história que engendra,
Reboliços e reviravoltas, e louco para contar,
Que na língua ou na garganta a rima queima,
Aquele nome que até arrepia ao se lembrar.
Isso é fato, na pele e nas pernas trêmulas,
Tanto quanto as tuas que me são na vida êmula,
O motivo para da própria sombra eu duvidar.
E na mente então se instalou corrosiva gêmula,
Gerando um amor de uma pessoa tão zêmula,
Que destruiu a minha capacidade de perdoar.