Velha árvore
Velha árvore quando eu era menino
Nas tardes modorrentas de descanso
Eu fazia em teus galhos um balanço
Com uma tábua e um cabo pequenino;
Tinha o teu fruto um sabor divino
Que eu sorvia sempre num relanço
Á tua sombra, embaixo de um remanso
Pousava o passarinho, o peregrino;
Mas foste cortada. Hoje só tenho
Das antigas lembranças do passado
Um pequeno pedaço do teu lenho;
Já estou velho, o passo retardado
Minha bengala... (choro, franzo o cenho!)
É um dos galhos teus que foi quebrado...