DIA NOVO
No dia novo, criei templos de giz
Pintei gênios loucos, entre verões
Talhei anjos rubros, soltando balões
Descansei, entre fadas e colibrís
Até voei num avião de papel
Naveguei num navio de isopor
Decifrei cegos enigmas do amor
Dormi entre os astros e estrelas, no céu
Nesse dia, fiz um som rasgado
Pintei de sol, matérias desbotadas
Colori rosas frias e descoradas
E frente a luz, tudo foi revelado
Nova verdade, traçou a real rota
Crenças e tabus, folhas caindo mortas.