Presença ausente

Amei-te com o elã de infinda primavera,

desmesuradamente e sempre e muito e tanto.

Colhi a rubra flor, sorvi o ardente encanto

de um beijo teu que ainda existe e reverbera.

 

Amei-te feito fada e amei-te feito fera,

em dias de doçura ou dias de quebranto,

mas a lembrança audaz que nestes versos canto

é tudo que restou do amor que em mim coubera.

 

Passou a primavera, a flor emurcheceu;

o dia fez-se em noite, a noite fez-se em breu,

mas tu prevaleceste em meu viver andejo.

 

És a razão de ser das minhas nostalgias,

o meu poema vivo em minhas horas frias,

és a presença ausente em meu tenaz desejo!

 

Foto: arquivo pessoal

 

Do amigo Jacó Filho

INESQUECÍVEL AMOR

Não consigo te esquecer nem quero,

Mas não preservo nenhuma esperança...

Porém n' alma confesso, reverbero,

Pra nesta luz, ter com a paz, aliança...

Pensando que foi tão lindo,

Eu termino sempre rindo,

Porque minha dor tempero,

Por ter tão doces lembranças...

Não consigo te esquecer nem quero,

Mas não preservo nenhuma esperança...

 

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 24/07/2023
Reeditado em 25/07/2023
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