Não sentem na pele
Pelas estradas caminhava
Entre lavandas, flores do campo e alecrim
Chovia, chovia...
Amo a chuva, amo entardecer sentindo frio
pois sinto frio e esqueço por algum momento
minhas dores;
As noites embalam-me em um aconchego
que tanto necessito
Mas, no outro dia, as dores retornam
Percebo que ainda nada mudou
Quisera eu ser outra pessoa
ou mudar-me para outro tempo.
E de tantos erros, equívocos
De tantos enganos...
Há muitos momentos que sinto-me
exausta de mim...
Não, não é fácil
Há algo muito conturbado aqui dentro
Mas, ninguém vê, pois não sentem na pele
Não sentem na pele!