Em vossa passagem
Ó almas prisioneiros, torturadas,
Peregrinas saudosas do infinito,
Sedentas em desertos de granito,
Sonhando com os sóis de outras estradas!
Singrai os mares de pavor aflito,
Exalando canções, mesmo caladas,
Conduzindo batéis, de mãos alçadas,
Convertendo em suspiro vosso grito!
Crede e o espinho ser-vos-á perfume!
Amai a estas cadeias serão lume
A expulsar-vos as sombras interiores!
Extravasai de vossas rotas vestes
Luzes de paz, azuis, doces, celestes
E passai ofertando fé e flores! ...