Sem muito a ver
Hoje, Domingo da Ressurreição,
estou aqui, neste lugar distante,
entanto já não vejo o que me encante,
então relaxo o corpo e ocupo a mão.
Procuro distrair-me, mas em vão
encontro o que me ative nesse instante
e até a inspiração é inconstante
e este soneto escrevo, sem noção.
Quero escrever, mas escrever o quê,
se nem assunto encontro, o que me atraia,
o que me ocupe a mente, o que me inspire?
Assim, escrevo só por escrever,
buscando alguma coisa que distraia
a mente e mostre um ponto a que me atire.