De Quando, Eu Era Criança
Essa geração perdeu o amor à natureza,
Os contos e lendas não são mais repassados,
Mãe d'água, curupira, antes admirados,
Só matar se for comer, não desmatar, beleza.
Sem banho de rio, pega-pega na correnteza,
A fogueira encantava os meninos sentados,
Agora, com o celular, todos viciados,
Sem baladeira, arapuca, tristeza em profundeza.
Da hora é Cavaleiros do Zodíaco,
Não sabem o que é carregar um pinico,
Vigiar arroz e feijão no sol, contra cabras e porcos.
Subir numa mangueira, comer com sal,
Ter toda família em festa no Natal,
Sem refrigerante, enlatados e batata em flocos.