Enfim, depois de tanto erro passado

Tantas retaliações, tanto perigo

Eis que ressurge noutro o velho amigo

Nunca perdido, sempre reencontrado

 

É bom senta lo novamente ao lado

Com olhos que contém o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo

 

Um bicho igual a mim, simples e humano

Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano

 

O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica...

 

Vinícius de Moraes

 

By Luiza De Marillac Michel 

Luiza De Marillac Michel e Vinícius de Moraes
Enviado por Luiza De Marillac Michel em 20/07/2023
Código do texto: T7841660
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