Soneto, Diário
Eu tinha um diário
Que falava de amor
Palavras trancadas
com chaves
De dor.
Episódios mundanos
De amores ciganos
De muito calor
Entendia a vida
E a beijava como flor
Era tudo que eu queria
O mundo tinha cor
Enfeitava minhas histórias
Enganava a memória
E canções tentaram compor
Era todo dia
Não importava a companhia
Já quase a noitinha
Ás 18 eu era autor
E na escrivaninha eu ia
Relembrando o dia
As vezes ria, ou tinha rancor
Escrevia, meu passado
Nada ficava de lado
Aquele diário
era meu cobertor