Vida

De fato, abandonei a poesia;

Deixei-a, como disse, lá pra trás.

A vida, sempre em frente, tão fugaz,

Não deixa margem para a alegoria.

Contudo, enquanto frágil ser humano,

Por vezes a ansiedade é muito forte...

Então, tento pinçar algum recorte

De coisas que notei no cotidiano.

Espanta, por exemplo, a impotência,

Perante a lei do tempo e da existência,

Que impõe poucos natais a todos nós.

Por que reflito nisso? É elementar,

Que serve tanto ter para mostrar,

Se a vida passa como um trem veloz?!

Gabriel Zanon Garcia
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 19/07/2023
Reeditado em 19/07/2023
Código do texto: T7841221
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