O riso dos outros
Quando eu rio de mim, dentro de mim
O coração sacode de alegria...
É o momento em que a mente cria,
E quando a poesia diz que sim.
Quando eu rio de Pedro ou de Maria
O coração sacode igualmente,
Mas de um jeito um pouco diferente,
Que, se fosse pra mim, sacudiria.
O riso para mim é coisa séria:
Um pranto, às avessas, da miséria
De quem há de chorar a vida inteira.
Fosse Pedro, ou Maria, ou João...
Se a vã poesia diz que não,
Digo ao meu coração: é brincadeira!