Soneto à menina mulher
A menina largou sua boneca num canto.
Aos treze anos ela já sabe beijar.
O sorriso em seus lábios é um encanto,
Menina assanhada, já quer namorar!
Aos quatorze ela arrumou um namorado,
Mas esse namoro o pai não quer liberar
E diz que o celular é que é o culpado,
Pois antes só queria mesmo é brincar.
A menina que desabrochou virou moça
E completa a metamorfose em mulher
Procura, remexe e não encontra na bolsa…
– Papai disse que o exame deu positivo.
Aos quinze anos nasceu outra mãe solteira
Que cabeça! Esquecera o preservativo.
***********************************************
Espaço destinado às criativas interações poéticas que recebo com carinho e gratidão.
JUVENTUDE CEGA
A ignorância, não o celular,
Causa na infância a gravidez.
A internet só ajuda achar,
Os malandros que não perdem a vez.
Esse é um mal antigo,
E não tem mais o castigo,
Pra quem a cerca pular.
Por trás da insensatez,
A ignorância, não o celular,
Causa na infância a gravidez.
(Jacó Filho)
Deixa primavera da vida
Entra uma nova estação
Nesta, ela fica contida
Provendo nova gestação.
(Maurício de Oliveira)