Soneto à menina mulher

A menina largou sua boneca num canto.

Aos treze anos ela já sabe beijar.

O sorriso em seus lábios é um encanto,

Menina assanhada, já quer namorar!

Aos quatorze ela arrumou um namorado,

Mas esse namoro o pai não quer liberar

E diz que o celular é que é o culpado,

Pois antes só queria mesmo é brincar.

A menina que desabrochou virou moça

E completa a metamorfose em mulher

Procura, remexe e não encontra na bolsa…

– Papai disse que o exame deu positivo.

Aos quinze anos nasceu outra mãe solteira

Que cabeça! Esquecera o preservativo.

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Espaço destinado às criativas interações poéticas que recebo com carinho e gratidão.

JUVENTUDE CEGA

A ignorância, não o celular,

Causa na infância a gravidez.

A internet só ajuda achar,

Os malandros que não perdem a vez.

Esse é um mal antigo,

E não tem mais o castigo,

Pra quem a cerca pular.

Por trás da insensatez,

A ignorância, não o celular,

Causa na infância a gravidez.

(Jacó Filho)

Deixa primavera da vida

Entra uma nova estação

Nesta, ela fica contida

Provendo nova gestação.

(Maurício de Oliveira)