DE ONDE MAIS VIRIA?

De onde viria essa inspiração, linda e tamanha,

Que rasgando as nuvens, sob o sol se doura?

De onde viria cada verso que o coração arranha,

Que faz sangrar, e curar de forma duradoura?

De onde viriam doces rimas que caem às beiras

Do telhado da alma, invadindo os versos meus?

De onde viriam elas, como pássaros, em fileiras,

Não viessem das mãos divinas, mãos de Deus?

De onde viria esse dom que alimenta minh'alma,

E que, em mares bravios, toda tormenta acalma,

Não fosse do alto…sem qualquer merecimento?

Ah! Pobre de mim! Nem sei o que de mim seria…

Certamente, a vagar, fraco e faminto eu morreria,

Não recebesse do alto este maná como alimento

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 17/07/2023
Código do texto: T7839016
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