Lembranças do Fim do Mundo
Antes que acabe, quero escrever-te novamente
Fazer-lhe uma última poesia,
Falar-te sobre tudo o que existia
E de quando o mundo era mais contente.
Quero ir-me sentado a beira da rua
Vendo o mundo na paciência e no sossego,
Assim escrevo no aconchego
Vendo o sol e imaginando a lua.
Morrer-me vou com os olhos vertendo pranto
Atrás daquele mundo perdido,
Culpando a vida por me enganar tanto!
Aí quero expirar minha voz do paraíso,
Olhando o que sobrou como um pássaro ferido,
E me perguntar se valeu a pena, indeciso...
Esse soneto foi escrito em 05/08/1999 (ah...meus 20 anos).
Sem preocupação com métricas ou rimas perfeitas.
Alguns erros são de propósito, mas a maioria não.