NOVA POETA
Nova poeta, nos confins do nada,
surge com poesia tão sem graça,
que mais me parece estranha farsa
de tão ruim e mal elaborada!
Em meio a uma cortina de fumaça,
com a camisa bege, a saia prada
e a meia tanto quanto alongada,
em cima de um sapato todo jaça...
Os lábios grossos, com um negro batom,
falavam um soneto fora do tom,
sem rimas, sem cesuras ou pausas!
Vou findar, por aqui, esse triste causo,
dizendo que, para ela, não houve aplausos,
pelo que causou, e, ainda hoje, causa!