NUNCA AMEI...

Pela lágrima retida na força do orgulho,

Por todos os sorrisos que eu disfarcei,

Por entrar na tua vida, rio e mergulho,

E por todas as manias tuas que relevei.

Juro não fazer da saudade um entulho,

Das rimas e dos rabiscos que guardei,

Nem mesmo deste silêncio o barulho,

Que disto tudo nunca mais te acusarei.

Manterei o riso tolo, tímido no casulo,

Como se sorrir fosse um gesto absurdo,

E daquela lágrima retida não te lembrarei.

Escreverei os versos do jeito mais chulo,

Como se poesia fosse um ato esdrúxulo,

Para mentir em dizer que nunca amei.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/07/2023
Código do texto: T7836364
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