LITURGIA DOS DESIGUAIS
Vida santa ou bandida
Ela segue irrestrita
Nas brechas do apogeu
Como amor de Orfeu
A vida é poesia e mansidão
Loucura e ousadia
No palco da fé e da maestria
Que soçobra do galardão
Da hipocrisia que representa
Seu último ato de covardia
Contumaz ou audaz
Na liturgia dos desiguais
Que sugam as verdades
Das entranhas do ódio