Cavalos do Diabo

No emaranhado de sombras ocultas,

Há quem busque desviar sua culpa,

Atribuindo-a ao mal que se desfruta,

Ao diabo, que seduz e multiplica a luta.

Mas, ó alma incauta, desavisada,

Não percebes que és mestre de teus atos?

Teu livre arbítrio é a estrada trilhada,

E o diabo, mero espectro dos pactos.

Não culpes as trevas por tua escolha,

Não são elas que ditam teu caminho,

És tu, o senhor de tua voz, que soa.

Aceita a responsabilidade, meu amigo,

Arrepende-te e busca a luz sozinho,

Pois a redenção está em ti, não no inimigo.