O DESEQUILÍBRIO E A LUCIDEZ....
Eu não sou forte, tão pouco insensível,
Negando os rabiscos que a vida me fez,
Até mesmo a ação do vento é invisível,
Mas, querendo, derruba tudo de vez.
Nós somos mais castelo de arreia crível,
Ou coisa parecida com o medo e palidez,
Pois o amor nos é um bem/mal sofrível,
Mistura de sobrevivência com estupidez.
Ainda deserto ao teu olhar perceptível,
Agrura que me vem, forma indescritível,
A minha mente, tanto quanto a tua tez.
Esquecer, então, é verbo inesquecível,
Teu nome, assim, meu verbo inflexível,
Que justifica o desequilíbrio e a lucidez.