DEFEITO NA ENGRENAGEM HUMANA. Poema "soneteano"

Versos: Hendecassílabos.

DEFEITO NA ENGRENAGEM HUMANA

Autor: Valdir Loureiro

Sou uma engrenagem da Humanidade,

mas corro com medo de certas pessoas:

daquelas que fogem das condutas boas

ou se contaminam com a "humana maldade".

Um amigo capaz de fazer falsidade.

Um filho querido que se torna ingrato.

Uma filha amada, largando o aparato.

Um irmão protegido com a voz de "um caim".

Um vizinho estranho por ser coisa ruim.

Um pai carrancudo sem saber criar.

Uma mãe que joga o seu filho no lar.

E eu, que também tenho cá meu defeito.

Quem sabe se o Mundo ainda tem jeito

ou se vai ter só depois que se acabar?!

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Nota do Autor: os versos acima são 14 hendecassílabos ritmados com rimas interpoladas abba accd deef fe, na estrutura de um soneto inglês (3 quartetos e 1 dístico).