Desvendo memórias
Num tempo remoto, com saudades doutras eras,
Enlevo-me ao dizer: ser professor é meu fado!
Nas sendas do português, com as letras tão raras,
Desvendo horizontes na voz de cada recado.
No alvorecer dos tempos, nas eras perdidas,
O amor pela língua, de fervor incontido,
Flui em minha alma, em doces melodias,
Nos cânticos da escola, num tempo já esquecido.
De lápis em punho, na pauta do saber,
Desvendo mundos e memórias do passado,
Num afago às crianças, que buscam entender.
Com dedicação, paciência e doçura,
Desvendo a gramática em cada desdobrar,
Nos corações das crianças, semeio a cultura.