Ó Musa

Ó Musa, inspira-me com teu canto suave,

Para que eu possa exaltar minha paixão,

Pela Literatura brasileira, nobre arte,

Que encanta a alma com tamanha emoção.

Da época colonial ao Modernismo audaz,

Nossos autores ergueram suas vozes,

Esculpiram versos em língua tão sagaz,

E nos legaram obras grandiosas e preciosas.

Oh, Castro Alves, trovador dos escravos,

Com tua poesia incendiária e libertária,

Denunciaste as dores, os gritos e os agravos.

Machado de Assis, mestre da ironia fina,

Com romances profundos e perspicazes,

Desvendaste as tramas da alma humana.

Cecília Meireles, doce poetisa das sensações,

Com tua lírica melancolia e doçura,

Falaste do amor e das desolações.

E Graciliano Ramos, cronista das agruras,

De angústias e afetos, em palavras severas,

Tecendo o retrato das duras torturas.

Eu me entrego, com fervor, a essa herança,

Aos clássicos, ao moderno, ao contemporâneo,

Abraço a Literatura brasileira com esperança,

Numa dança entre passado e presente ameno.

Que esse soneto ecoe como um brado,

De um amante apaixonado, fiel e eterno,

Pela Literatura brasileira, tão amada,

Que enobrece nossa alma e enche nosso inverno.