Subjugado
Mata-me o pecado que a ti procura,
A boca beijada que não esqueci,
A carta esperada que não recebi;
Mata-me por ti, encarnada loucura.
Blasfema de mim, ao mundo com descura,
A paixão que servo fez, me fiz por ti,
E do lamento o gosto amargo bebi,
Fiel devoto, inseparável da lisura.
Flor de lótus, paixão que o gosto amarga,
É tua falta que me deprimi o peito,
Longe, perto; de tua fuga nada sei.
Maré de insídia que o sentimento traga,
Jogando sobre as pedras, meu defeito,
Sem jeito, foi por ti que me apaixonei.