Tragédia Social

No deserto urbano, a tristeza aflora,

Na violência atroz da noite sombria.

Jovens negros, luz que se vai, antes da aurora,

Pelas mãos cruéis da polícia, agonia.

A vida vã, que se rompe sem razão,

No peito mãe, o pranto que se derrama.

Os sonhos calados, ceifados em vão,

Em meio à dor, a esperança se chama.

Oh, tragédia negra que não se desfaz!

A morte que abraça e corrói a alma.

A dor que persiste, jamais se desata.

Lutemos por justiça num mundo em paz,

Onde a cor da pele não seja a palma,

Que nos livre do horror que nos assalta.