SONETO HUMORADO
Observo-me diante de um espelho
Tento reconhecer-me, não me vejo!
Sou ou não sou? Logo escuto um gracejo,
Rindo de mim: _ Oi, maracujá velho!
Para onde foi a antiga Cinderela
Que apesar de viver no borralho
Transluzia como gota de orvalho,
Outrora, tão graciosa e tão bela !
Agora só imagens distorcidas
Daquela que o tempo soçobrou
Suas madeixas quase prateou...
Seus lábios são pétalas caídas
As pálpebras agora um cobertor
Cobrem os seus olhos, oh, que horror!...
Observo-me diante de um espelho
Tento reconhecer-me, não me vejo!
Sou ou não sou? Logo escuto um gracejo,
Rindo de mim: _ Oi, maracujá velho!
Para onde foi a antiga Cinderela
Que apesar de viver no borralho
Transluzia como gota de orvalho,
Outrora, tão graciosa e tão bela !
Agora só imagens distorcidas
Daquela que o tempo soçobrou
Suas madeixas quase prateou...
Seus lábios são pétalas caídas
As pálpebras agora um cobertor
Cobrem os seus olhos, oh, que horror!...