A colina
Faz treze anos que aqui, nesta colina,
De amor e de sonho cheio o coração,
Trouxe Ela dos Céus minha primeira canção
E decretou-me: “É ser poeta tua sina!”
…E tantas vezes cá, nesta cara colina,
No ar erigindo palácios de ilusão,
Foi onde consolou-me a imaginação
E, com carinho, pensei naquela menina –
Agora, outra vez cá, a vejo inalterada.
Como era há treze anos ainda existe,
Mas investiguei-a – e não me disse nada.
Sanctum de minha infância! Ainda existe,
Mas a meu coração não dizes mais nada,
Pois a ti voltei mais sábio – e tão mais triste…!