A MINHA HERANÇA...

Devo-te tanto,

Mas só agora sei,

Pois antes te cobrava,

Em poesias que criei.

Devo-te contos,

Das noites que chorei,

Pois a insônia eu dobrava,

Em sonetos nos quais me debrucei.

E esta dívida eu sempre carregarei,

Com poucas rimas e muita estupidez,

Na mesma intensidade que te amava.

Não te iludas, pois pagar eu nunca desejei,

Pois é uma fonte de amargura que herdei,

De forma inversa a tudo que me negavas.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 02/07/2023
Código do texto: T7827199
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