A MINHA HERANÇA...
Devo-te tanto,
Mas só agora sei,
Pois antes te cobrava,
Em poesias que criei.
Devo-te contos,
Das noites que chorei,
Pois a insônia eu dobrava,
Em sonetos nos quais me debrucei.
E esta dívida eu sempre carregarei,
Com poucas rimas e muita estupidez,
Na mesma intensidade que te amava.
Não te iludas, pois pagar eu nunca desejei,
Pois é uma fonte de amargura que herdei,
De forma inversa a tudo que me negavas.