Poeta Medíocre
Eu sou poeta que vivo no temor,
Receando o julgamento alheio,
Escudando-me no anonimato, teor,
Buscando o refúgio do rodeio.
Será que minha musa está morta?
Ou, em vez disso, é cruel,
E por tal razão me escondo atrás da porta,
Temendo mostrar meu coração fiel?
Que triste sina é a minha, sem lutar,
Vivendo com medo da avaliação,
Sou um covarde que teme o olhar,
Que não sei ser fiel ao coração.
Minha poesia é mera farsa, ilusão,
Um covarde que busco aprovação.