PAVEIA....
A cadeia do corpo é o cio,
O da alma que não passeia,
Em que toda noite faz frio,
E a mente apenas vagueia.
Que cerceia, calada do pio,
Morrendo de fome na ceia,
Essa boca sem verso gentil,
Grave o coração esperneia.
No olhar a palavra mais feia,
Presa no cristalino e na teia,
No tempo perdido, no vazio.
Ser vivo, ser morto, sem veia,
Arrastando-se tal qual a paveia,
Soçobrando-se em ido sombrio.