O Poder do Sonhar

(Sonetos 003)

 

São dóceis, belos os sonhos de amor,

ao mesmo tempo que são mui potentes;

belos, como no outono, os sóis poentes,

fortes feito a procela em seu furor.

 

E quando nascem, não se pode supor

que nos arrastarão tão facilmente,

tal as águas bravias duma enchente

em todo o seu poder assustador.

 

Se acaso, o amor um dia existiu,

não há no mundo potência que o pare,

tempo, distância, a tudo resistiu?

 

Não havendo nada que lhe o compare,

aquilo que um sonho de amor uniu,

que realidade alguma separe!

 

Efepê Efe Oliveira

11/5/22 - 18h49'

Conceição do Mato Dentro (MG)

 

Imagem: Arquivo Pessoal do Autor