Terra amaldiçoada, Brasil
No oblívio, em orbe descarnada
Poupados dessa torpe existência
Perduram em perene sonolência
Honrados com infindas madrugadas
Existo onde as almas são pisadas
Sob o jugo da injustiça e da violência
Exausto de perpétua penitência
Vivendo dia a dia uma cruzada
E quem trabalha, não colhe o fruto
Vivemos pra pagar altos tributos
Os escravos se habituam a labuta
Enquanto a violência faz seu caminho
Manchando a terra com sangrento vinho
Nós habitamos aonde o mal desfruta