QUANDO

 

É quando o sol quase poente sobre o mar,

Cintila mais matizado do que antes,

O mar quebra - espuma ante o meu olhar,

E o matiz me diz que eu sou um navegante.

 

É quando eu acredito... me entrego,

À distância, à exuberância, da imensidade,

Compactuo, fluo liberdade, navego...

Existo, me visto de luminosidade.

 

É quando o vento sopra uma harmonia,

No sonho que orienta a embarcação,

Nos acordes da canção, a travessia

 

É épica, poética, é plural, é divina.

É quando a excelência da contemplação,

Se eterniza na paisagem vespertina.