Soneto Alexandrino

SONETO ALEXANDRINO

vadio que me sei largado ao meu sabor

de ver o céu vagar sem vigiar as horas

em silêncio velar as formas no agora

fluir o atemporal, silente amar sem dor

Contudo expressarei a sorte nossa o haver

essa humana raiz de alegrias e dores

véus de vertigens voz de ventos incolores

franjas flamantes, flash ao som fluxo do ser

A hora em seu passar, em si nada solerte

Apenas o passar, apenas ir sem fim

Que pode a mão saber, senão que vai e vem

Sempre a voltar a si, partir e retornar?

A eternidade foi quem me transfigurou

No vão do tempo vou, colado a horas sou