Ana
Não se ouviu nenhuma voz,
porém Ana ainda falava,
sua alma proclamava,
amarrada em tantos nós.
Palavras desarticuladas,
apenas lágrimas verdadeiras,
parecia embriaguez certeira,
mas só era uma vida humilhada.
De joelhos, Ana só gemia,
sem forças para sequer falar,
seu espírito tremia em agonia.
Mas Ana acreditava ao ajoelhar,
que sua humilhação cessaria,
pois geraria um menino exemplar.