AMORIXÁ

Iansã amava Xangô

Xangô amava Oxum

No peito de cada um

Os batuques do amor

Obá, sem receio algum

A orelha cedeu por amor

Certa de que teria Xangô

Ao seu lado no adarrum

Justo, mas um tanto ingrato

Do encanto dela se desviou

E n'água d'Oxum naufragou

Entregue àquela paixão, de fato

Xangô implorou perdão pelo ato

Seu coração p’Oxum consagrou.

Maurício de Novais Reis

24 de junho de 2023

Maurício de Novais Reis
Enviado por Maurício de Novais Reis em 25/06/2023
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